“O que espera com isso?”, eu perguntei a ela, surpresa comigo mesma por estar ali, diante de algo que eu jamais acreditara existir antes. “O que espera conseguir com vingança? O que espera conseguir dando vingança?”
Senti um calafrio por meu corpo. Ela não respondeu
“Acha que isto está certo?”, eu continuei, ignorando seu silêncio. “Acha que está certo mandar pessoas inocentes ao Inferno? Sim, porque a maioria é inocente, eu tenho certeza! E não merece ser mandada ao Inferno desse jeito, sem julgamento. Acha que tem o poder de julgar as pessoas por seus pecados?”
Ela não respondeu. Estava de costas para mim, parada a poucos passos de onde eu estava, sem se virar para mim, apenas escutando o que eu dizia.
Eu balancei a cabeça.
“Você não pensa, não é?”, eu disse. “Quero dizer, você não pensa nas consequencias disso! Você não pensa em nada!”
Ela suspirou, finalmente se virando para me encarar. Estava inexpressiva como sempre, seus olhos vermelhos hipnóticos dando a impressão de olhar diretamente a minha alma.
“Acha que eu não penso?”, ela respondeu. Sua voz era de veludo, calma, suave, e ao mesmo tempo triste e um tanto ameaçadora. Eu não sabia o que pensar daquela voz, daquele... ser. Eu sentia uma certa compaixão por ela... por aquele olhar triste, solitário...
Eu não respondi.
Ela olhou para baixo, para uma flor de lycoris caída aos seus pés, e a pegou, examinando-a por alguns instantes. Em seguida desapareceu, diante de meus olhos.

ANAAAAA
ResponderExcluirMEU DEUS !
TU QUE TEM O DOM !!!
adoreeeei , sério mesmo!
continua ele logo , tá ?
beijos beijos ,
ah , e vai no meu :D